quarta-feira, 11 de julho de 2018

A teoria da Tectônica de Placas


Antes de se entender a teoria mais aceita nos dias de hoje sobre a movimentação dos continentes (Tectônica de Placas), devemos analisar os estudos de um cientista alemão chamado Alfred Wegener, chamado de Deriva continental.

  • A DERIVA CONTINENTAL
    Alfred Wegener foi pioneiro nos estudos sobre a separação dos continentes e a movimentação dos mesmos. Diversos foram os argumentos que Wegener teve, dentre eles:
Argumentos Morfológicos: Os continentes encaixam entre si como peças de um grande quebra cabeça, sendo mais evidente entre as costas atlânticas de África e América do Sul.
Argumentos Paleontológicos: Fósseis da mesma espécie foram encontrados em diversos locais que hoje estão totalmente separados por oceanos. É pouco provável que estes seres vivos pudessem ter percorrido estas elevadas distâncias.
Argumentos Paleoclimáticos: O estudo dos climas antigos revelou que sedimentos glaciares que só se formam em altas latitudes e baixas temperaturas, foram encontrados em porções da África e América do Sul. Isto indica que estes continentes já estiveram próximos do pólo sul e que mesmo se afastando um do outro, manteve o registro nas rochas.
Argumentos Litológicos: Rochas com a mesma idade, e do mesmo tipo foram encontradas na América do Sul e África, bem como as formações rochosas têm continuidade entre as duas costas.
    Apesar de todas estas evidências, a teoria de Wegener não foi aceita pela comunidade científica da sua época pois ele não conseguiu explicar qual o motor da deriva continental.

Argumentação paleontológica de Wegener. Detalhe para o fóssil do Mesossauro encontrado tanto na América do Sul quanto na África
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesosaurus


  •  A TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS
    A partir da década de 60 do século passado, alguns geólogos retomaram as inquietações de Wegener, e começaram a estudar a fundo a possível movimentação dos continentes. Até que descobriram que o fundo oceânico não é homogêneo, mas que existe formas de relevo submarino bastante diversificado. Dentre elas, uma cadeia montanhosa (Dorsal mesooceânica) bem no meio do oceâno Atlântico. A conclusão de que os continentes realmente estão em deslocamento foi tirada quando foram feiras medições da idade das rochas do assoalho oceânico. Quanto mais próximas da dorsal, mais jovens eram as rochas, e tanto pra esquerda quanto pra direita, a idade delas amumentava.
Expansão do assoalho oceânico. As rochas basálticas das mais recentes pras mais antigas estão nas cores: rosa, laranja, azul e verde
http://ansatte.uit.no/kku000/webgeology/webgeology_files/brazil/plate_tect_pt8_bra.swf

Quebra da Pangeia
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Pangea 

    No interior da Terra, existem fluxos convectivos de materiais. que fazem com que haja um movimento das placas tectônicas, como é possível ver na imagem abaixo. As placas oceânicas que estão sendo constantemente criadas empurra, por exemplo, a América do Sul e a Africa para lados diferentes.
Fluxo de materiais do interior da Terra
Fonte:http://tectonicadeplacas.zxq.net/
     
    Hoje em dia tem se o conhecimento de inúmeras placas tectônicas, conforme o mapa:
Placas Tectônicas
Fonte: http://www.profesorenlinea.cl/Ciencias/Placas_tectonicas_Teoria.htm


  • OS LIMITES DE PLACAS TECTÔNICAS
     Todas as placas tectônicas possuem dinâmicas nas suas extremidades, ou limites. Como foi visto anteriormente, a placa Sulamericana vai aumentando e se locomovendo para a esquerda, na medida que a placa Africana se move para a direita.
Exemplos de limites de placas tectônicas
Fonte: http://cetecgeo.wordpress.com/2011/05/31/teoria-das-placas-tectonicas/

Limites de placas
Fonte: http://domingos.home.sapo.pt/tect_placas_6.html


  • LIMITES DIVERGENTES (ZONAS DE EXPANSÃO) 
     Um dos tipos de limites, são os divergentes, conforme já foi colocado sobre a dinâmica da expansão do assoalho oceânico das placas Sulamericana e Africana.
Um Rift continental (Limite divergente) como aconteceu no Gondwana e como acontece hoje no continente Africano (Rift Valley)
Fonte: http://blue.utb.edu/paullgj/physci1417/Lectures/Plate_Tectonics.html

A espansão do assoalho oceânico
Fonte: http://blue.utb.edu/paullgj/physci1417/Lectures/Plate_Tectonics.html

A Dorsal Meso-oceânica entre a América do Sul (esquerda) e África (direita)
Fonte: Google Earth

  • LIMITES CONVERGENTES (ZONAS DE SUBDUCÇÃO)
      Um segundo tipo de limites de placas tectônicas é o limite convergente cuja dinâmica é o encontro de placas distintas. Quando uma placa continental (densidade = 2,7g/cm3)  se encontra com uma placa oceânica (densidade = 3,0g/cm3), esta por ser mais densa, subduca por debaixo da continental. A placa oceânica acaba por se fundir na Astenosfera, sendo que ocorre um soerguimento da borda da placa continental. É o que acontece na cordilheira dos Andes.
Limites convergentes de placas com densidades diferentes
Fonte: http://mrthoerigsixthgradescience.blogspot.com/2011/01/plate-boundaries.html

     Na figura abaixo, existem alguns exemplos de limites convergentes. Detalhe para (c), em que duas placas continentais se encontram, ou seja, possuem em média a mesma densidade, formando neste caso, a cordilheira do Himalaia.
Os tipos de limites convergentes
Fonte: http://elearning.stkc.go.th/lms/html/earth_science/LOcanada4/403/html/3_en.htm

A fossa submarina formada devido ao encontro da placa de Nazca com a Sul-Americana
Fonte: Google Earth


  • LIMITES TRANSFORMANTES (TANGENCIAIS OU TRANSCORRENTES)
    Este é um tipo de limite em que não acontece nem expansão e nem subdução. O que acontece é que uma placa passa em direção oposta à outra. Na superfície, um grande falhamento fica visível, sendo que estas áreas são bastante instáveis do ponto de vista sísmico. Um grande exemplo deste limite acontece nos Estados Unidos, na falha de San Andreas.
 
Limite transformante
Fonte: http://tectonicadeplacas.zxq.net/

 
Falha de San Andreas
Fonte: http://www.starnews2001.com.br/earthquake.html


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