quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Grandes acontecimentos da História da Terra



Pesquisas feitas sobre o Pré-câmbrico
Deverão incluir os principais acontecimentos do Pré-câmbrico, nomeadamente a nível da Hidrosfera, Atmosfera, Geosfera e Biosfera, ilustrados e caracterizados com texto.


 PRÉ-CÂMBRICO

 Pré-Câmbrico designa o conjunto de Éons anteriores ao Fanerozóico, tais como o Hadeano, o Arcaico e o Proterozóico. O Pré-Câmbrico começou há cerca de 4600 Milhões de anos com a formação da Terra e termina a quando do início do Fanerozóico há 542 Milhões de anos.

Alguns dos acontecimentos mais importantes durante o Pré-Câmbrico:
  • Formação do Planeta Terra;
  • Diminuição da temperatura interna do planeta;
  • Teorias relativas sobre o aparecimento de água no Planeta Azul; 
  • Formação dos Protocontinentes; 
  • início do movimento das placas tectónicas;
  • início da vida da terra (com as células procariontes e posteriormente as eucarióticas);
  • formação da atmosfera terrestre;
  • aparecimento dos primeiros vegetais e animais.

A Terra formou-se aproximadamente há 4,5 mil milhões de anos. A colisão de planetesimais (meteoros, material do cosmos) aumentou a sua dimensão devido à acreção desses materiais vindos do universo. Deste modo, a Terra aumentou a sua energia interna, que foi utilizada pela actividade vulcânica até aos dias de hoje.

Fig. 1: Teoria nebular

     No início da sua formação a Terra parecia uma bola de fogo. A superfície terrestre era como um “oceano de rocha fundida” com quilómetros de profundidade e a temperatura passava dos 4000º C (semelhante à temperatura à superfície do Sol). Nesta altura a superfície era um “oceano de lava”, que começou lentamente a arrefecer, porque a radioactividade que fornecia tanto calor à Terra também diminua lentamente, o que gerou um acontecimento propício a um mundo aquático.
     Ainda há 4,4 mil milhões de anos, caíam sobre Terra meteoros, mas a Temperatura no centro da Terra já estava a diminuir, começando a assim a formar uma crusta solidificada em rocha vulcânica (esta rocha era escura porque era essencialmente basáltica) e já se formava água à superfície. Esta primeira crusta foi uma crusta oceânica basáltica, formada pela intensa actividade vulcânica, que libertou enormes quantidades de magma basáltico que solidificou à superfície e por isso teve um arrefecimento rápido.( Após o aparecimento da água, esta crusta por ser a mais baixa, a água deslocou-se para essas zonas.)
     Existem duas vertentes acerca do aparecimento de água na Terra: a vertente em que os meteoritos que atingiram a Terra continham uma elevada quantidade de água, e a outra diz respeito à elevada precipitação durante milhões de anos, devido à elevada quantidade de CO2 e outros gases libertados pela actividade vulcânica que cobriu o planeta, arrefecendo de tal forma que precipitou sob o solo terrestre e formou os oceanos. No vídeo apresentado na aula, falou-se das duas; o nosso grupo (grupo I) acredita em ambas, a água surgiu destes dois processos. Mas o que interessa é que a água surgiu e mudou drasticamente o rumo do planeta Terra.
Há 4 mil milhões de anos, 90 % da Terra era oceano, e os restantes 10 % eram ilhas formadas em zonas de arcos insulares, ou seja, foi nesta altura que se formaram as placas tectónicas. Estas ilhas foram os primeiros protocontinentes. Estes protocontinentes continham já rochas menos densas (rochas graníticas) que as rochas basálticas, por isso é que ascenderam em relação à crusta oceânica que é essencialmente basáltica. As rochas basálticas primitivas já não existem porque foram destruídas nas zonas de subducção.
O oceano nesta altura era essencialmente constituído por ferro, tendo por isso uma cor verde, enquanto que a primeira atmosfera continha praticamente CO2, dando por isso uma cor meio avermelhada. A contínua actividade vulcânica aumentaria o tamanho dos protocontinentes.



Estromatólito:

É uma rocha formada por tapete de limo produzido por micróbios no fundo de mares rasos, que se acumula até formar uma espécie de recife. Os estromatólitos, por serem os primeiros organismos a realizar a fotossíntese, são responsáveis pelo ar respirável que surgiu no planeta há cerca de 3,5 mil milhões de anos. Os principais microorganismos formadores das estromatolíticas são as cianobactérias(*).
                                               Fig. 2: Exemplo de estromatólitos

(*) É um filo  do domínio Bacteria , popularmente denominado cianobactérias e algas azuis, que inclui organismos aquáticos, unicelulares, procariontes e fotossintéticos. Possuem forma de cocos, bastonetes, filamentos ou pseudofilamentos, apresentando coloração azul em condições óptimas, mas são frequentemente encontradas apresentando coloração de verde oliva a verde-azulado.

O registo fóssil das cianobactérias indica que estes seres fotossintéticos apareceram no éon Arqueano e devem ter sido responsáveis pelo aparecimento do oxigénio na atmosfera terrestre - o que parece ter acontecido há cerca de 2,5 biliões de anos, despoletando a origem da vida eucarionte e dando lugar ao éon Proterozóico.



Fotossíntese:

É o processo através do qual as plantas, seres autotróficos (seres que produzem seu próprio alimento) e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia química processando o dióxido de carbono e outros compostos(CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo oxigénio gasoso (O2).
 
Fig. 3: Processo de fotossíntese


Fig4: Sucessão dos supercontinentes desde a origem da Terra

De 1.000 M.a. a 540 M.a.

Há 1.000 M.a. atrás formou-se um supercontinente de nome Rodínia.
Esse supercontinente pela altura de 700 M.a. bloqueou as correntes marinhas, impedindo que as águas quentes do equador atingissem latitudes elevadas.
Como não atingiram latitudes elevadas o que acabou por acontecer foi uma redução de temperatura por toda a Terra, ou seja, um arrefecimento global da Terra. Esse período ficou conhecido como a Idade do Gelo. O  arrefecimento do planeta também reduziu a quantidade de vapor de água presente na atmosfera.
Esse período terminou quando a Rodínia se fragmentou por consequência da tectónica de placas.



Algo que também marcou esse período de tempo foi o aumento de teor de O2 que foi o grande impulsionador para um aumento da fauna.
A classificação dessa fauna designa-se por Fauna de Ediacara, onde entre os geólogos não havia um consenso quanto às categorias taxonómicas dos fósseis encontrados nesse período. O que se sabia era que seriam organismos simples, compostos por tecidos moles que teriam vivido essencialmente enterrados ou sobre os fundos oceânicos. Os seus vestígios encontram-se pouco conservados, mas é possível estudar algumas das suas marcas de locomoção. Muitos investigadores consideram que estes organismos correspondem aos primeiros animais multi-celulares conhecidos.

Fonte: http://rusoares65.pbworks.com