domingo, 17 de novembro de 2013

Rochas Metamórficas

As rochas metamórficas constituem o núcleo de muitas cadeias montanhosas. Também existem na crosta, por baixo das rochas sedimentares.

Mineralogia das rochas metamórficas

Os minerais que se encontram na constituição das rochas são mais estáveis em ambientes semelhantes àqueles em que se encontravam quando foram formados. Se isso não acontecer, os minerais sofrem alterações.


  • Recristalização, formação de novos minerais devido à reorganização espacial das partículas constituintes dos minerais das rochas, quando fica submetida a altas pressões e temperaturas.

  • Transformação polimorfa, a composição da andaluzite, cianite e silimanite é idêntica (Al2SiO5) mas apresentam estruturas diferentes.


  • Minerais índice, a sua presença na rocha metamórfica define os limites de pressão e temperatura em que foi formada.





1. Andaluzite, forma-se em temperaturas e pressões baixas.


2. Silimanite, temperatura muito elevada.

3. Cianite, pressões muito elevadas.



Grau de Metamorfismo

A presença de certos minerais permite inferir as condições de formação das rochas, determinando-se o grau de metamorfismo.

• Baixo grau (clorite e biotite)



• Médio grau (granada, estaurolite)




• Alto grau (silimanite)









Tipos de metamorfismo


  • Metamorfismo Regional: Metamorfismo termodinâmico que afecta grandes extensões da crosta e está associado à formação de cadeias montanhosas.Rochas como ardósia, filito, micaxisto e gnaisse resultam deste tipo de metamorfismo.




  • Metamorfismo de contacto: Metamorfismo experimentado pelas rochas adjacentes a uma intrusão magmática (formando-se uma auréola de metamorfismo)O tipo de rocha encaixante, a quantidade de fluidos e temperatura são factores deste tipo de metamorfismo.Rochas como a corneana, quartzito e mármore resultam deste tipo de metamorfismo.



Textura das rochas




A textura das rochas metamórficas é determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos minerais. Um tipo de característica textural, considerada relevante para a classificação das rochas metamórficas, é a existência ou ausência de foliação (estrutura planar que resulta dum alinhamento preferencial dos minerais anteriores ao processo metamórfico).

A clivagem, a xistosidade e o bandado gnáissico são três tipos de foliação de rochas de baixo, médio e alto grau de metamorfismo, respectivamente.




Clivagem
 - um tipo de foliação de rochas de baixo grau de metamorfismo; os processos metamórficos levam à orientação paralela dos minerais lamelares, como a moscovite e os minerais de argila. Este tipo de estrutura conduz ao aparecimento de planos de clivagem favoráveis à existência de fissilidade - facilidade da rocha se dividir em lâminas.


Xistosidade - característico de rochas de médio grau de metamorfismo; é uma forma de foliação desenvolvida pela orientação paralela de minerais tabulares e lamelares em rochas metamórficas de grão grosseiro (visível macroscopicamente), como os micaxistos; apresentam uma menor fissilidade comparativamente às rochas que sofrem clivagem.


Bandado gnáissico – é um tipo de foliação de rochas de alto grau de metamorfismo; tipo de foliação gerada por diferenciação em bandas por efeito de tensões dirigidas, por exemplo em certas rochas como o gnaisse.





As rochas metamórficas apresentam dois tipos principais de textura:




  • Foliada - O xisto argiloso, ardósia, filito, xisto ou micaxisto e gnaisse.






  • Não foliada - também designada granoblástica, é característica de rochas que têm origem em processos metamórficos relacionados com o metamorfismo de contacto, como por exemplo o quartzito, o mármore e as coreanas.





Reflexão: Sao rochas que surgem do metamorfismo (transformação) de outras rochas, sejam elas magmaticas, sedimentares ou mesmo metamórficas. O metamorfismo é devido, principalmente, ao calor, pressao e flúidos, e ocorre no interior da crosta terrestre. O metamorfismo pode levar a rocha a sofrer alterações apenas físicas como crescimento dos cristais, ocasionando novas texturas, ou a alterações quimicas como o surgimento de novos minerais por recombinação. Também podem ocorrer transformações físicas e quimicas em conjunto.

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Factores de metamorfismo

O metamorfismo compreende uma série de processos que têm lugar no interior da crosta terrestre e que provocam alterações mineralógicas, químicas e estruturais nas rochas preexistentes quando sujeitas a condições físico-químicas diferentes das que as originaram.

  • Pressão/Tensão
    A tensão a que as rochas na litosfera estão sujeitas é provocada pela carga da massa rochosa suprajacente, ou seja, é um tipo de pressão que actua em todos os sentidos - pressão litostática. Este tipo de tensão faz-se sentir a partir de uma profundidade relativamente pequena, provocando deformação e diminuição de volume nas rochas, com consequente aumento da sua densidade.

    As rochas estão também sujeitas a pressões resultantes dos movimentos tectónicos. Essas forças, de natureza compressiva, distensiva ou de cisalhamento, geram uma tensão com uma orientação bem definida, designada tensão não citostática ou dirigida. Como consequência desta tensão dirigida, os minerais das rochas passam a apresentar uma disposição orientada dos seus minerais segundo planos paralelos - foliação.

  • Temperatura
    À medida que se vão afundando, as rochas vão sofrendo a influência do calor interno da Terra, do calor resultante da pressão litostática ou do calor resultante da proximidade de uma intrusão magmática.

    Quando os minerais das rochas são suficientemente aquecidos, sem, contudo, entrarem em fusão, os elementos da sua rede cristalina passam a dispor-se segundo novos arranjos. Este processo de recristalização permite, assim, a formação de novos minerais a partir de outros preexistentes e, consequentemente, a formação de novos tipos de rochas. Se para determinado valor de profundidade e de pressão a temperatura verificada ultrapassar o ponto de fusão das rochas, estas começarão a fundir, iniciando-se a transição do metamorfismo para omagmatismo.


    • Fluidos de circulação
    As alterações metamórficas que ocorrem quando as temperaturas e pressões se elevam são muito facilitadas se estiverem presentes fluidos de circulação. Estes fluidos, reagindo com os minerais que formam a rocha, podem dar origem a minerais de composição diferente, por remoção ou introdução de determinados componentes químicos, o que provoca alterações importantes ao nível da composição química e mineralógica da rocha inicial.

    Uma argila, por exemplo, contém sempre alguma quantidade de água, quer preenchendo os seus poros quer fazendo parte da estruturados seus minerais hidratados. Esta água, adquirida no decurso dos fenómenos de superfície, é libertada por desidratações sucessivas, quando a rocha entra no domínio dos processos metamórficos, passando a fazer parte da fase fluida, com importante participação nas trocas químicas verificadas entre os diversos minerais.

  • Tempo
    Os fenómenos relacionados com o metamorfismo são extremamente lentos, sendo por isso, também de considerar o tempo como um dos factores relevantes para a formação de rochas metamórficas.


Reflexão:
Podemos dizer que o metmorfismo é um processo geológico que está intimamente ligado à geodinâmica interna e que à medida que aumenta a profundidade da crusta terrestre, exercem-se tensões devido ao peso das camadas suprajacentes e aos movimentos tectónicos.


http://www.infopedia.pt/

O metamorfismo compreende uma série de processos que têm lugar no interior da crosta terrestre e que provocam alterações mineralógicas, químicas e estruturais nas rochas preexistentes quando sujeitas a condições físico-químicas diferentes das que as originaram.

  • Pressão/Tensão
    A tensão a que as rochas na litosfera estão sujeitas é provocada pela carga da massa rochosa suprajacente, ou seja, é um tipo de pressão que actua em todos os sentidos - pressão litostática. Este tipo de tensão faz-se sentir a partir de uma profundidade relativamente pequena, provocando deformação e diminuição de volume nas rochas, com consequente aumento da sua densidade.

    As rochas estão também sujeitas a pressões resultantes dos movimentos tectónicos. Essas forças, de natureza compressiva, distensiva ou de cisalhamento, geram uma tensão com uma orientação bem definida, designada tensão não citostática ou dirigida. Como consequência desta tensão dirigida, os minerais das rochas passam a apresentar uma disposição orientada dos seus minerais segundo planos paralelos - foliação.

  • Temperatura
    À medida que se vão afundando, as rochas vão sofrendo a influência do calor interno da Terra, do calor resultante da pressão litostática ou do calor resultante da proximidade de uma intrusão magmática.

    Quando os minerais das rochas são suficientemente aquecidos, sem, contudo, entrarem em fusão, os elementos da sua rede cristalina passam a dispor-se segundo novos arranjos. Este processo de recristalização permite, assim, a formação de novos minerais a partir de outros preexistentes e, consequentemente, a formação de novos tipos de rochas. Se para determinado valor de profundidade e de pressão a temperatura verificada ultrapassar o ponto de fusão das rochas, estas começarão a fundir, iniciando-se a transição do metamorfismo para omagmatismo.


    • Fluidos de circulação
    As alterações metamórficas que ocorrem quando as temperaturas e pressões se elevam são muito facilitadas se estiverem presentes fluidos de circulação. Estes fluidos, reagindo com os minerais que formam a rocha, podem dar origem a minerais de composição diferente, por remoção ou introdução de determinados componentes químicos, o que provoca alterações importantes ao nível da composição química e mineralógica da rocha inicial.

    Uma argila, por exemplo, contém sempre alguma quantidade de água, quer preenchendo os seus poros quer fazendo parte da estruturados seus minerais hidratados. Esta água, adquirida no decurso dos fenómenos de superfície, é libertada por desidratações sucessivas, quando a rocha entra no domínio dos processos metamórficos, passando a fazer parte da fase fluida, com importante participação nas trocas químicas verificadas entre os diversos minerais.

  • Tempo
    Os fenómenos relacionados com o metamorfismo são extremamente lentos, sendo por isso, também de considerar o tempo como um dos factores relevantes para a formação de rochas metamórficas.


Reflexão:
Podemos dizer que o metmorfismo é um processo geológico que está intimamente ligado à geodinâmica interna e que à medida que aumenta a profundidade da crusta terrestre, exercem-se tensões devido ao peso das camadas suprajacentes e aos movimentos tectónicos.


http://www.infopedia.pt/