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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sonda chinesa fotografa a Terra vista da Lua

Sonda Chang'e-3 fotografa a Terra vista da superfície da Lua









Sonda Chang’e-3 fotografa a Terra vista da superfície da Lua
Não adianta. Sempre que um de nossos emissários robóticos espaciais tiram uma foto de nós, ficamos encantados. É o “selfie” definitivo, e a sonda chinesa Chang’e-3 obteve um dos mais bonitos, no último dia 25 de dezembro.
A sonda fez o primeiro pouso suave em solo lunar em 37 anos e levou à superfície de nosso satélite natural o jipe robótico Yutu, que acaba de ser reativado após sobreviver à primeira “noite” na Lua e agora retoma suas pesquisas. (Por lá, são 14 dias ininterruptos de Sol, seguidos por outros 14 de escuridão; movido a painéis solares, o pequeno veículo de seis rodas nada teria a fazer na escuridão.)
Os chineses têm melhorado sua comunicação com o mundo exterior, divulgando algumas novas imagens, mas ainda estão longe da abertura que se vê, por exemplo, nos projetos da Nasa. Ainda assim, dá para ver algumas das coisas bacanas que eles estiveram fazendo.
O resultado mais intrigante é o obtido pelo telescópio de ultravioleta instalado no módulo de pouso. Ele obteve uma imagem da Terra pouco tempo depois do pouso, no dia 16, e mostrou uma imagem incomum do nosso planeta. Em ultravioleta, ele aparece escuro, mas não o ambiente de radiação ao seu redor, moldado pelo campo magnético. É o que aparece em verde na foto. Com o telescópio em solo lunar, os chineses poderão observar em regime permanente a dinâmica da magnetosfera e os cinturões de Van Allen, regiões no entorno da Terra que concentram a radiação cósmica.
Uma visão diferente da Terra, em ultravioleta, captada no dia 16 de dezembro
Uma visão diferente da Terra, em ultravioleta, captada no dia 16 de dezembro
Além disso, temos fotos novas do jipe Yutu e do módulo de pouso Chang’e-3 operando na superfície. Confira.
O jipe Yutu fotografa o módulo da Chang'e-3, que o trouxe até a Lua
O jipe Yutu fotografa o módulo da Chang’e-3, que o trouxe até a Lua
A Chang'e-3 retribui o favor e fotografa o jipe robótico
A Chang’e-3 retribui o favor e fotografa o jipe robótico
Veremos como os chineses vão manter a atenção sobre sua missão, que tem previsão inicial de durar três meses.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A Terra - Planeta Azul


A Terra - Planeta Azul

Terra é o terceiro planeta a contar do Sol e o quinto maior.
É o único planeta cujo nome não deriva da mitologia Grega/Romana. O seu nome tem origem Inglesa e Germânica. Na mitologia Romana, a deusa da Terra era Tellus - o solo fértil e na Grécia era Gaia, terra mater - Mãe Terra). Foi só na altura de Copérnico (século XVI) que se compreendeu que a Terra é apenas mais um planeta.
A Terra, claro, pode ser estudada sem a ajuda de satélites. No entanto, foi só no século XX que tivemos mapas do planeta inteiro. Foram tiradas fotografias do espaço, de grande importância e ajuda, principalmente para a meteorologia, especialmente para seguir e prever furacões. E são também, extremamente, bonitas.
A Terra está dividida em várias camadas com propriedades químicas e sísmicas muito variáveis, são elas a crusta, o manto e o núcleo.
A crusta terrestre varia, consideravelmente, em espessura, sendo mais fina debaixo dos oceanos (crusta oceânica - natureza basáltica) e mais espessa porbaixo dos continentes (crusta continental - naturezagranítica). O núcleo interior e a crosta são sólidos; o núcleo exterior e o manto apresentam maior plasticidade ou são semi-fluidos.
As várias camadas estão separadas por descontinuidades que são evidentes com base em dados sísmicos; a mais conhecida é a descontinuidade de Mohorivicic (Moho) entre a crosta e a parte superior do manto.
A maioria da massa terrestre está no manto, estando quase todo o resto no núcleo; a parte que habitamos é apenas uma pequena fracção do todo.
O núcleo é provavelmente composto na sua maioria por uma liga de ferro/níquel, embora seja possível que existam alguns elementos mais leves. As temperaturas no centro do núcleo podem chegar aos 7500 K, mais quentes que a superfície do Sol. O manto inferior é provavelmente formado por rochas com silício, magnésio, oxigénio e ainda ferro, cálcio e alumínio. O manto superior é composto por olivinas e piroxenas (silicatos de ferro/magnésio com algum cálcio e alumínio). Sabemos isto através de métodos indirectos (actividade sísmica) ou directos (análise de amostras do manto superior que chegam à superfície na forma de lava dos vulcões) mas a maioria da Terra está inacessível.
A Terra é o corpo mais denso do sistema solar.
Os outros planetas terrestres (telúricos) têm, provavelmente, estruturas e composição semelhantes, com apenas algumas diferenças: a Lua tem um núcleo pequeno e Mercúrio tem um núcleo extra-largo (relativamente ao seu diâmetro); os mantos de Marte e da Lua são muito espessos; a Lua e Mercúrio poderão não ter crostas quimicamente distintas; a Terra poderá ser o único planeta com um núcleo interior e exterior. No entanto é de notar que o nosso conhecimento dos planetas interiores, e da própria Terra, é na sua maioria teórico. Ao contrário dos outros planetas terrestres, a crosta da Terra está dividida em várias e sólidas placas separadas que flutuam independentemente por cima do manto quente. A teoria que descreve este fenómeno é conhecida como placas tectónicas. É caracterizada por dois grandes processos: extensão e subducção. A extensão ocorre quando duas placas se afastam uma da outra e nova crusta é criada pelo magma que sobe. A subducção ocorre quando duas placas colidem e uma mergulha sob a outra, acabando a primeira por ser destruída pelo manto.

A superfície da Terra é muito jovem. No relativamente pequeno (por padrões astronómicos) período de mais ou menos 500 M.a anos a erosão ou os processos tectónicos destroem e recriam a maioria da superfície da Terra, eliminando assim quase todos os traços de actividade geológica anterior (tal como crateras de impacto). Sendo assim, o princípio da história da Terra foi praticamente apagado. A Terra tem entre 4.5 e 4.6 biliões de anos, mas as rochas mais antigas conhecidas têm cerca de 4 biliões (e as rochas com mais de 3 biliões de anos são raras). Não existem vestígios do período real em que a vida começou a manifestar-se.
Cerca de 71% da superfície da Terra está coberta de água. É o único planeta do Sistema Solar onde a água existe no seu estado líquido à superfície (embora possa haver metano líquido na superfície de Titã ou água líquida por baixo da superfície de Europa). A água líquida é essencial à vida tal como a conhecemos. A capacidade calorífica dos oceanos é também muito importante ao manter a temperatura da Terra relativamente estável. A água líquida é também responsável pela maioria da erosão e pelo desgaste dos continentes da Terra, um processo hoje único no Sistema Solar (embora possa ter ocorrido em Marte no passado).
atmosfera da Terra é composta por: 77% de azoto, 21% de oxigénio, com traços de árgon, dióxido de carbono e água. Provavelmente existiu uma maior quantidade de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, quando era mais jovem, mas desde aí foi quase todo incorporado nas rochas carbonatadas - calcários -, quando dissolvido (embora em menos quantidade) nos oceanos ou utilizado, por plantas ou algas, através da fotossíntese. Os processos geológicos e biológicos tem mantido, durante milhões de anos, um ciclo contínuo de dióxido de carbono no meio ambiente. A presença de CO2 na atmosfera é extremamente importante para a manutenção da temperatura à superfície da Terra através do efeito de estufa. Este efeito faz subir a temperatura até mais ou menos 35ºC acima dos que existiriam sem a sua presença (de uns frios -21º C até uns confortáveis +14º C); sem ele os oceanos congelariam e a vida tal como a conhecemos seria impossível.
A presença de oxigénio livre na atmosfera terrestre é também muito importante. A sua presença é devida e mantida através de processos biológicos. Sem vida não haveria oxigénio livre.
Figura: À esquerda toda a água da terra representada numa esfera. Inclui oceanos, glaciares, lagos, rios, água subterrânea e núvens - 1.4087 mil milhões de quilómetros cúbicos.À direita todo o ar na atmosfera junta numa bola - 5140 triliões de quilómetros quadrados. Tudo tão frágil, não é?

A interacção da Terra e da Lua faz diminuir a rotação da Terra cerca de 2 milissegundos por século. Pesquisas recentes indicam que há 900 milhões de anos atrás existiam 481 dias de 18 horas de duração num ano.
A Terra apresenta um campo magnético que se pensa ter origem em correntes eléctricas produzidas no núcleo exterior. Pela interacção com o vento solar, o campo magnético terrestre e as camadas mais altas da atmosfera da Terra causam as auroras. Irregularidades nestes factores fazem com que os pólos magnéticos se movam e até invertam o seu percurso relativamente à superfície.
A Terra tem apenas um satélite natural, a Lua. Apesar de existirem, actualmente, milhares de pequenos satélites artificiais que foram postos na órbita da Terra.
Os asteróides 3753 Cruithne e 2002 AA29 tem relações orbitais complicadas com a Terra; não são na realidade luas, o termo melhor aplicado será "companheiros". É algo semelhante à situação com as luas de Saturno, Jano e Epimeteu.
Adaptado de Astronomia On-line