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O núcleo interno da Terra é composto de ferro maciço, e tem uma 'super rotação' em uma direção leste - o que significa que gira mais rápido do que o resto do planeta -, enquanto o núcleo externo, composto principalmente de ferro fundido, gira para o oeste em um ritmo mais lento.
O movimento de convecção do núcleo externo gera o campo geomagnético da Terra.
"O campo magnético empurra para leste o núcleo interno, fazendo-a girar mais rápido do que a terra, mas também empurra na direção oposta no núcleo externo líquido, o que cria um movimento para oeste."
O fato de que as alterações do campo magnético da Terra variou lentamente ao longo de décadas, significa que a força electromagnética responsável pore mpurrar os núcleos interiores e exteriores alteraram-se ao longo do tempo. Isso pode explicar as flutuações na rotação predominantemente do leste no núcleo interno, um fenômeno relatado nos últimos 50 anos, por Tkalčić et al. Em um estudo recente publicado na revista Nature Geoscience .
Usando um novo método, eles foram capazes de simular o núcleo da Terra com uma precisão de cerca de 100 vezes melhor do que os outros modelos.
A velocidade:
Uma outra pesquisa liderada por Hrvoje Tkalcic da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), em Camberra, revelou que não só a taxa de rotação do núcleo é diferente à do manto - a camada que fica abaixo da crosta terrestre, mas sua velocidade também varia.
Os investigadores afirmaram que sua velocidade é variável. "É a primeira evidência experimental que o núcleo roda a diferentes velocidades", disse Tkalcic em comunicado da ANU.
Os pesquisadores descobriram que em comparação com o manto, o núcleo girou mais velozmente na década de 1970 e 1990, mas desacelerou na década de 80. "A aceleração mais dramática provavelmente ocorreu nos últimos anos, embora necessitemos fazer mais testes para confirmar esta observação", comentou Tkalcic, ao lembrar que Edmund Halley tenha especulado que as camadas internas da Terra rodavam em uma velocidade diferente, em 1692.