As 10 maiores grandes extinções da Terra
A vida é uma luta pela sobrevivência. Os animais vivem em constante estresse para obter comida suficiente e estar bem adaptados ao seu ambiente. Animais mal adaptados, em tempos de dificuldades, passam fome, deixam de reproduzir, e, eventualmente, morrem completamente.
Ao longo da história da Terra, a vida constantemente assumiu novas formas. Quando grandes mudanças climáticas ou ambientais ocorreram, muitos animais mal adaptados foram extintos.
As extinções em massa ocorrem quando uma parte substancial da vida na Terra desaparece completamente, deixando nenhum descendente. Esses eventos ocorrem desde quase o primeiro aparecimento da própria vida. Todos os animais vivos hoje são apenas descendentes de criaturas que tiveram a sorte de se adaptar cada vez que seu mundo mudou. Veja os 10 maiores eventos de extinção da história da Terra:
1 – Extinção do final do período Ediacarano
Durante o período Ediacarano, vida complexa começou a se formar pela primeira vez na Terra. Bactérias minúsculas evoluíram para os eucariontes mais complexos e especializados, alguns dos quais agrupados para aumentar suas chances de encontrar comida. A maioria dessas criaturas estranhas não deixou registro porque não tinham esqueletos, eram macios e tendiam a apodrecer quando morriam, em vez de fossilizar. Apenas em circunstâncias peculiares poderiam formar fósseis, como uma criatura deitada na lama mole, que de repente endurecia e deixava uma marca. Estes poucos fósseis nos dizem que os mares eram cheios de criaturas estranhas e alienígenas, que se pareciam com vermes modernos, esponjas e geleias. No entanto, essas criaturas eram dependentes de oxigênio, tal como nós. Os níveis de oxigênio começaram a cair e extinções ocorreram em todo o mundo 542 milhões de anos atrás. Mais de 50% de todas as espécies morreram. A causa exata da diminuição dos níveis de oxigênio é desconhecida. No entanto, esta extinção em massa abriu espaço para a Explosão Cambriana, uma súbita diversificação de criaturas complexas além de meros vermes.
2 – Extinção do Cambriano-Ordoviciano
Durante o período Cambriano, a vida floresceu, diversificou e evoluiu para novas formas. Crustáceos exóticos e trilobitas se tornaram a vida dominante com grandes números e variedades. Moluscos e artrópodes aquáticos gigantes, semelhantes a insetos, encheram os mares. Essas criaturas tinham exoesqueleto rígido, o que deixou muitos fósseis para nós estudarmos. A vida floresceu até que, repentinamente, em termos geológicos, mais de 40% de todas as espécies de repente se tornaram extintas 488 milhões de anos atrás. O que esta mudança foi, nós ainda não sabemos. Uma teoria é que uma glaciação ocorreu, a parte mais fria de uma idade do gelo. Nós desfrutamos de um período interglacial, a parte mais quente de uma idade do gelo, durante os últimos onze mil anos. Uma mudança extrema de temperatura pode facilmente causar a extinção de uma enorme quantidade de vida. Este evento de extinção marcou a fronteira entre os períodos Cambriano e Ordoviciano.
3 – Extinção do Ordoviciano-Siluriano
A vida começou a florescer mais uma vez durante o período Ordoviciano. Nautilóides (polvos primitivos), trilobitas, corais, estrelas do mar, enguias e peixes encheram os mares. As plantas estavam lutando para se firmar na terra. A vida foi gradualmente se tornando mais complexa. 443 milhões de anos atrás, mais de 60% da vida na Terra morreram no que é considerado a segunda maior extinção registrada, causada por uma idade de gelo rápida provocada pela redução dos níveis de dióxido de carbono. Grande parte da água passou a ser calotas polares e geleiras, que por sua vez diminuíram os níveis de oxigênio. Pensa-se que uma explosão de raios gama do espaço destruiu a camada de ozônio e a radiação solar ultravioleta não filtrada, em seguida, destruiu grande parte da vida vegetal, o que causou a queda inicial de dióxido de carbono. Apesar de um pouco de vida ter sobrevivido e continuado, em número de espécies, a Terra levou mais de 300 milhões de anos para se recuperar deste evento.
4 – O evento Lau
Após a extinção do período Ordoviciano, o período Siluriano começou. A vida se recuperou da última extinção em massa e este período foi marcado pelo desenvolvimento de verdadeiros tubarões e peixes ósseos, a maioria dos quais parecia perfeitamente moderna. Plantas pequenas finalmente começaram a crescer livremente em terra ao longo das costas, e alguns artrópodes evoluíram em aranhas e centopeias adaptadas para o ar seco e convivência com as plantas terrestres. Escorpiões marinhos enormes tornaram-se abundantes, e trilobitas continuaram a dominar. 420 milhões de anos atrás, uma mudança climática repentina provocou a extinção de, talvez, 30% de todas as espécies. Os gases da atmosfera mudaram em proporções que muitas criaturas acharam desagradáveis ou tóxicas. A causa desta mudança não é conhecida. A vida lutou até o período Siluriano terminar e o período Devoniano começar, quando a evolução produziu um modelo de vida diferente que prosperou.
5 – Extinção massiva do Devoniano
O período Devoniano foi onde certos peixes evoluíram aletas resistentes que os permitiram rastejar em terra seca, tornando-se animais tais como répteis e anfíbios. Nos mares, recifes de corais enormes estavam cheios de peixes e tubarões, alguns dos quais comiam trilobitas. As trilobitas perderam a posição de criatura dominante do mar pela primeira vez desde que apareceram, mais de 100 milhões de anos antes. Na verdade, os tubarões desta época foram tão bem sucedidos que não precisaram mudar muito e alguns tubarões modernos se parecem quase exatamente com seus antecessores. As plantas terrestres evoluíram sementes e se diversificaram. Plantas terrestres mais complexas se desenvolveram e solo apareceu pela primeira vez na história. Florestas estranhas brotaram fungos de 8 metros de altura que infelizmente já não estão entre nós. 374 milhões de anos atrás, 75% de toda essa vida incrível morreu, devido a uma mudança nos gases atmosféricos, possivelmente por causa de atividade vulcânica maciça ou o impacto de um meteorito.
6 – Colapso das florestas tropicais do período Carbonífero
Após o período de Devoniano veio o período Carbonífero. Os poucos animais terrestres desenvolveram ovos terrestres, que lhes permitiram viver em quase qualquer lugar na Terra em vez de confinados às costas onde eles poderiam colocar seus ovos. Insetos alados apareceram e prosperaram. Tubarões desfrutaram de uma idade de ouro e os poucos trilobitas que sobreviveram tornaram-se cada vez mais raros. Árvores gigantescas apareceram e vastas florestas tropicais cobriram grande parte da terra, aumentando o teor de oxigênio do ar para 35%. Para comparação, hoje 21% do ar é oxigênio. Coníferas do período Carbonífero permanecem quase inalteradas hoje. 305 milhões de anos atrás, uma idade do gelo curta e súbita diminuiu os níveis de dióxido de carbono aos mais baixos da história, e as grandes florestas morreram, além de muitos dos animais terrestres. Cerca de 10% de todas as espécies na Terra desapareceram.
7 – Extinção do Permiano-Triássico
Após as florestas tropicais caírem, os animais mais bem sucedidos deixados em terra foram os que colocavam ovos. Estes rapidamente dominaram o planeta antes de outras espécies terem uma chance de se recuperar e se diversificar, produzindo uma enorme variedade de répteis e sinapsídeos dominantes, que eram répteis semelhantes e ancestrais aos mamíferos. 252 milhões de anos atrás, um desastre que a Terra nunca tinha visto antes (e nunca mais viu) ocorreu. Ele foi causado pelo impacto de um meteorito ou atividade vulcânica, que alterou a composição do ar radicalmente. Entre 90% e 99% de toda a vida se extinguiu. Esta é a maior extinção em massa da história. Para referência, vamos olhar para a extinção de animais causada por seres humanos. Durante o nosso mandato, as estimativas sugerem que nós dizimamos cerca de mil espécies de animais. Existem cerca de 8 milhões de espécies vivas hoje, o que significa que, mesmo de acordo com as estimativas mais pessimistas, acabamos com 0,01% de toda a vida animal. Embora isto não seja nada do que se orgulhar, é infinitesimal quando comparado com as grandes extinções da natureza.
8 – Extinção do Triássico-Jurássico
Após a desolação causada pelo fim do período Permiano, répteis novamente tornaram-se dominantes e os dinossauros apareceram. Os dinossauros não eram dominantes acima de outros répteis, pois nesta fase não eram muito maiores do que os cavalos. Foi de seus descendentes que se desenvolveram as famosas e temíveis criaturas que tão bem conhecemos. Todos os dinossauros maiores, como tiranossauros, tricerátopos, e os gigantes saurópodes de pescoço longo surgiram nos períodos Jurássico ou Cretáceo. 205 milhões de anos atrás, 65% da vida do período Triássico morreram, incluindo todos os animais terrestres de grande porte. Muitos dos dinossauros foram poupados devidos a seu pequeno tamanho. Extinções em massa duram mais de um milhão de anos ou mais, mas esta levou apenas 10 mil anos, e foi provavelmente causada por erupções vulcânicas massivas que expeliram enormes quantidades de dióxido de carbono ou dióxido de enxofre, resultando em mudanças climáticas repentinas.
9 – Extinção do final do período Jurássico
Durante o período Jurássico, répteis marinhos gigantes como o plesiossauro dominaram os oceanos. Pterossauros governaram o céu e os dinossauros dominavam a terra. Coníferas, samambaias e outras plantas formaram florestas exuberantes. Dinossauros desenvolveram penas menores e os pássaros começaram a aparecer. 200 milhões de anos atrás, 20% da vida de repente desapareceu dos registros fósseis, principalmente espécies marinhas. Mariscos e corais haviam sido generalizados, e desapareceram quase completamente. Os poucos que sobreviveram conseguiram repovoar os mares gradualmente ao longo dos próximos milhões de anos. Essa extinção não afetou muito os animais terrestres, e apenas algumas espécies de dinossauros foram perdidas. A causa desta extinção marinha quase exclusiva é uma questão de debate, mas uma possibilidade é que as placas tectônicas oceânicas afundaram um pouco e deixaram os oceanos mais profundos. A maioria da vida marinha era mais adaptada para águas rasas, e pereceram conforme se arrastavam mais e mais longe da superfície.
10 – Extinção do Cretáceo-Terciário
Este é o evento de extinção mais famoso. Após o período Jurássico terminar, os dinossauros continuaram a proliferar e evoluir ao longo do período Cretáceo. Eles se especializaram nas formas que são familiares a muitas crianças hoje. Mais importante, foi apenas durante o período Cretáceo que a vida finalmente se recuperou da extinção do Ordoviciano-Siluriano. O número de espécies finalmente alcançou e, em seguida, excedeu o número do período Ordoviciano, mais de 300 milhões anos depois, pela primeira vez. Os sinapsídeos finalmente desenvolveram-se em pequenos roedores, que foram os primeiros mamíferos verdadeiros. 65 milhões de anos depois, um meteorito enorme impactou a Terra em Chicxulub, no México moderno, rompendo a atmosfera e causando aquecimento global grave, matando 75% de todas as espécies. Este meteorito continha uma alta concentração de irídio, normalmente raro na Terra, e rochas de 65 milhões de anos mostram uma fina camada de irídio deixada pelo impacto. Alguns répteis e mamíferos pequenos estão entre os sobreviventes da extinção. Mamíferos passaram a substituir os dinossauros como animais terrestres dominantes.[Listverse]