domingo, 17 de fevereiro de 2013

"Descobrimento" da América e do Brasil: História Oficial

 Cristóvão Colombo, figura de suma importância na descoberta da América, nasceu em Gênova – província italiana da região de Ligúria –, no ano de 1451, pertencente a uma rica família de artesãos.
Não se tornou, porém, um intelectual, interessando-se pelos conhecimentos referentes à navegação e à cartografia, vindo a ter sua primeira experiência no mar aos 10 anos de idade.

Aos 25 anos, já no ano de 1476, foi vítima de um naufrágio ao longo do Algarves – região mais ao sul de Portugal Continental –, quando se encontrava no interior de uma caravela comercial flamenga. Em conseqüência deste incidente Colombo acabou indo para Lisboa, local em que morava seu irmão Bartolomeu. Viveu ali por um tempo razoável para que se casasse com uma portuguesa rica, natural da Ilha da Madeira.
Era de interesse de Colombo explorar os mares e as novas terras que ainda se encontravam por assim dizer, escondidas, porém a Coroa Portuguesa negou a ele apoio para esta empreitada, esperando desta forma proteger o privilégio da posse exclusiva sobre as navegações, mesmo tendo total conhecimento dos interesses econômicos e políticos que abrangiam a concorrência pela possessão dos mares e das terras que ainda restavam ser encontradas e colonizadas.
Somente no ano de 1492, com 41 anos de idade, Colombo realiza seu sonho de explorar os mares, com o consentimento dos Reis Católicos de Aragão e Castela – Fernando II e Isabel I -, que lhe deram total liberdade para agir.
A expansão marítima era de total interesse dos reinos europeus, com destaque para Portugal e Espanha, os mais interessados em ampliar suas possessões territoriais e descobrir novos caminhos marítimos como alternativas para a realização do comércio.
O objetivo maior era alcançar as Índias – nome que abrangia todo o Oriente -, grande abastecedora de especiarias e um novo ponto comercial de consumo.
A Armada da primeira viagem de Colombo, constituída pelos navios Santa Maria, Pinta – cujo capitão era Martín Alonso de Pizón – e Nina – comandada pelo capitão Vicente Yáñez Pinzón -, sai do porto espanhol de Palos em 03 de agosto de 1492.
No dia 12 de outubro ancora em uma ilha denominada pelos índios de Ilha de Guanahaní, porém batizada por Colombo com o nome de San Salvador (Bahamas), pensando ter alcançado as Índias. O primeiro desembarque deu-se na Baía Long, no litoral ocidental, local em que foram afixados o estandarte Real, pelo então denominado Almirante Colombo, e as demais bandeiras da Cruz Verde, fixadas pelos outros capitães. O escrivão da Armada, Rodrigo de Escobedo, foi incumbido de redigir e escrever o documento de posse da nova terra.
No ano de 1500 o Brasil é descoberto, entre 1503 e 1513 cabe a Américo Vespúcio e outros navegadores explorarem as Antilhas e o litoral atlântico na parte mais ao sul dos territórios recém-descobertos. Em 1508 eles alcançam a península de Yucatán – México – e no ano de 1512 chegam à Flórida e ao delta do rio Mississipi (EUA). Diante das evidências, concluem que descobriram um novo continente, que em homenagem a Américo Vespúcio é denominado América.
O descobrimento da América fez desmoronar uma idéia remota de que o mundo era constituído apenas por um bloco de três continentes: Ásia, África e Europa, rodeado por um grande oceano.
Com a descoberta do Novo Mundo, Colombo marca uma nova era, que transformou de forma expressiva e irreversível a fisionomia do mundo, que se baseia nas relações políticas, econômicas e sociais entre os povos ocidentais.
A colonização da América se realizou primordialmente por quatro povos: espanhóis, portugueses, ingleses e franceses. Ocorreram duas formas de colonização diferentes: colônias de povoamento, suas especificidades básicas consistiram em: pequena propriedade, cultura variada e trabalho familiar objetivando o mercado interno; nas de exploração havia a predominância da ampla propriedade, da monocultura (um só tipo de cultivo) e do trabalho escravo, sempre de olhos bem abertos para o que se passava no mercado europeu.
O continente americano foi repartido geograficamente em América do Norte, América Central e América do Sul, sendo envolto a oeste pelo Oceano Pacífico e a Leste pelo Atlântico. Ele é considerado o segundo maior continente do mundo com aproximadamente 42.560.270 quilômetros quadrados.
Há também uma separação sócio-econômica que divide o continente em dois blocos: Canadá e Estados Unidos ao Norte e a denominada América Latina – que compreende os outros países das América Central e do Sul.
Há uma enorme diferença econômica entre os dois blocos: Estados Unidos e Canadá possuem um PIB (Produto Interno Bruto) bastante significativo no mundo, sendo que os demais países que fazem parte da América Latina, 33 ao todo, vivem na mais profunda miséria, possuem problemas sociais gravíssimos que precisam ser solucionados.

Américo Vespúcio

De Américo Vespúcio originou-se o nome do continente americano

Américo Vespúcio era de uma família tradicional e aristocrática de Florença. Desde os 17 anos trabalhou para os poderosos Médici, como contador na casa bancária da poderosa família.
Enviado em 1489 a Sevilha, Vespúcio conheceu Giannoto Berardi, sócio dos Médici e um conhecido financiador e armador de navios. Através dele, Vespúcio conheceu Colombo, logo após o retorno do navegador de sua primeira viagem (1492-93).

Aos 45 anos, Vespúcio decidiu "ganhar o mar" e, em 18 de maio de 1499, partiu com a expedição de Alonso de Hojeda (que provavelmente ajudou a financiar). Saindo de Cádiz, as caravelas alcançaram a costa norte da América do Sul (Suriname, Trinidad, Haiti, etc.) e retornaram a Espanha em 8 de junho de 1500.

No mês seguinte Vespúcio escreveu a seu antigo patrão, Lorenzo di Médici, não só omitindo o nome de Hojeda, mas colocando-se na posição de comando. D. Manuel 1º, entusiasmado com as notícias de Vespúcio e com as informações sobre a Terra de Santa Cruz, trazidas por integrantes da esquadra de Cabral, organizou outra expedição ao Brasil, confiando-a ao florentino.

A princípio Vespúcio hesitou, ainda cansado, e em conflito se deveria navegar sob a bandeira portuguesa. Mesmo assim, partiu de Lisboa em 13 de maio de 1501 sob o comando de Gonçalo Dias. A frota navegou rumo às ilhas Canárias. Parando em Bezeguiche (atual Dacar, Senegal), próximo a Cabo Verde, encontrou com o navio de Diogo Dias e com a caravela Nossa Senhora Anunciada, que aguardava o resto da esquadra de Cabral.

Nesse encontro, Vespúcio pode colher preciosas informações com Gaspar da Gama e teve a certeza de que estavam falando sobre um novo continente. Em agosto de 1501, as três caravelas da esquadra de Gonçalo Coelho ancoram na Praia de Marcos, litoral do atual Rio Grande do Norte. O contato com os nativos não foi amistoso e os viajantes puderam ver um dos marujos ser devorado pelos índios.

Gonçalo Coelho achou melhor zarpar do local, contornando o litoral do Brasil rumo ao sul. Munidos de um calendário Litúrgico, começaram a batizar os lugares onde atracavam, com nome de santos do respectivo dia. Como exemplo, em 1 de novembro de 1501 à baía, denominada Baia de Todos os Santos. Em 1 de janeiro de 1502 os tripulantes deparam-se com o que pensavam ser a foz de um rio, batizando o local com o nome de Rio de Janeiro.

De volta a Lisboa em 1502, Vespúcio escreveu a Lorenzo de Médici e falou das árvores (inclusive do pau-brasil), dos frutos saborosos, dos animais e dos habitantes de "corpo bem feito" do novo mundo.

No ano seguinte uma nova expedição foi formada, com Gonçalo Coelho novamente no comando. Em 10 de agosto a frota avistou um arquipélago (Fernando de Noronha) e Gonçalo Coelho, atingindo alguns recifes, naufragou. Pediu então a Vespúcio que procurasse um porto e o aguardasse. Após oito dias, Vespúcio descobriu que os outros navios o tinham abandonado. Com seus companheiros, prosseguiu a viagem e construiu uma feitoria (provavelmente em Cabo Frio), recolhendo pau-brasil para levar a Portugal.

Quando retornou à Europa, já havia sido publicado na Alemanha um panfleto em latim, com quinze páginas, narrando uma viagem de Vespúcio ao "Novo Mundo". A popularidade trazida pelas narrativas converteu-o num dos textos mais vendidos à época. Foi o cartógrafo Martin Waldseemüller quem primeiro nomeou o novo continente de América, em sua homenagem.

Vespúcio permaneceu alguns meses em Lisboa após sua terceira viagem, mas no ano seguinte, de volta à Espanha, recebeu em 24 de abril de 1505, a naturalização por parte da Corte espanhola. Também após seu retorno a Sevilha, Vespúcio se casou com Maria Cerezo, sua esposa até a morte dele em 1512. 

Pedro Álvares Cabral
Navegante português que descobriu o Brasil, em 22 de abril de 1500, nasceu no ano de 1467 em Belmonte e faleceu em Santarém, no ano de 1520. Era de família nobre, filho de Fernão Cabral e D. Isabel de Gouveia. Estudou ciências humanas e táticas armadas na corte de Afonso V. A corte de D. João II o nomeou fidalgo aos 16 anos. Casou-se com D.Isabel de Castro.
Desenvolveu grande habilidade de navegação e diplomacia, reconhecendo o seu, o rei D.Manuel o nomeou para comandar uma esquadra de 13 navios para às Índias.
Cabral partiu com sua esquadra no dia 8 de março de 1500. Em 14 de março, chegou às Ilhas Canárias e no dia 22 em Cabo Verde. Em 22 de abril, Cabral atingiu a costa brasileira.
A esquadra de Cabral partiu novamente em 2 de maio de 1500, em direção às Índias, chegando em Calecute em 15 de setembro, encontrando hostilidade do povo hindu. À força de armas, Cabral conseguiu chegar às cidades de Cochiu e Cananor.
Chegou em Lisboa no dia 21 de julho de 1501, com apenas seis das 13 embarcações iniciais. Teve, em 1502, sua segunda expedição entregue a Vasco da Gama, em vistude de atritos com D. Manuel. Viveu seus últimos dias em Santarém.






Cristóvão Colombo 

Cartógrafo e navegador, foi o primeiro europeu a chegar às Américas, no dia 12 de outubro de 1492. Sua origem ainda é discutida pelos historiadores. Alguns defendem a idéia de que Colombo seria um genovês, enquanto outros defendem a idéia de que ele seria português. A dúvida paira também sobre o ano de seu nascimento, que deve ter sido entre 1447 e 1451. Nos estudos (freqüentou o colégio), aprendeu a ler e escrever em pouquíssimo tempo. Tinha preferência por geografia e astronomia, pois sempre conversou muito com marinheiros e percebia a importância desse conhecimento para a profissão que lhe atraia. Sua primeira viagem marítima foi aos 14 anos. Aos 20 anos, aproximadamente, já era o comandante das embarcações.
  De 1470 a 1476, Colombo conheceu as mais importantes rotas comerciais do Mediterrâneo, trabalhou como corsário, para então se estabelecer em Lisboa, país no qual permaneceu por dez anos, anos estes que foram decisivos, importantes e um tanto misteriosos.
  Em 1477, viajou para a Inglaterra e para a Islândia, e em 1478 fez várias viagens entre Lisboa e a Ilha da Madeira, com carregamentos de açúcar.
  Entre 1480 e 1484, a vida pessoal de Colombo foi intensa: Casa-se com a portuguesa Felipa Moniz em Lisboa, com ela teve um filho (Diego), que nasceu na Ilha de Porto Santo, próxima a Ilha da Madeira. Morre sua esposa. Em 1488 teria seu segundo filho, Fernando, fruto de uma aventura.
Ainda nesta época, Colombo conhece o “Mapa de Tascanelli”, que embora seja chamado de mapa, pode ter sido uma carta, onde estaria descrita a possibilidade de chegar à China tendo como direção o Ocidente, encarando o desconhecido “Mar Oceano”, como chamavam na época o Oceano Atlântico.
Baseado no Mapa de Tascanelli e em outras obras sobre navegação, Colombo fez vários cálculos, e elaborou um plano. Apresentou tal plano a Portugal, que o recusou.
Entre os anos de 1484 e 1485, Colombo parte para Castela, uma província da Espanha. Consegue então apresentar seu projeto aos Reis católicos Fernando e Izabel, que não lhe deram qualquer reposta definitiva. Cansado de esperar e passando por necessidades financeiras, resolvi partir para França. No inicio da viagem, acompanhado de seu filho, Colombo para em um convento para descansar, e entusiasmado conta seus planos para os monges. Convencidos por Colombo, resolveram ajudá-lo, e pediram que permanecesse na Espanha. O responsável pelos monges foi então a Corte, e lá relatou que Colombo havia desistido de permanecer na Espanha. A rainha resolve recebê-lo e passa a apoiá-lo.
Em 1492, é assinado um acordo entre Colombo e os Reis Católicos. As despesas da expedição foram custeadas (meio a meio), pela Coroa espanhola e por banqueiros genoveses de Sevilha.
Colombo parte em 3 de agosto de 1492, do porto de Palos, com uma frota de 3 caravelas, Santa Maria, Pinta e Niña e aproximadamente 90 homens. Em 12 de outubro chegou à ilha de Guanaani, atualmente conhecida como Ilha Watling, nas Bahamas. Entre 1493 e 1502, realizou mais 3 viagens, chegando a várias ilhas, como: Cuba, Haiti, Porto Rico, Jamaica, Guadalupe, Antilhas e outras.
Em 1504 retorna a Espanha, onde não é bem recebido pelos Reis, devido a intrigas. Morreu em seguida, sem ter recebido o que lhe era de direito, segundo o acordo assinado. Ao morrer, ainda acreditava ter chegado às Índias.
Fontes
Adonias Filho; IMLACH, Gladys M. A vida de Cristóvão Colombo, o descobridor. Rio de Janeiro: Tecnoprint, [19--]. 124 p.

 Fonte: http://www.infoescola.com