Pesquisas feitas sobre o Pré-câmbrico
Deverão incluir os principais acontecimentos do Pré-câmbrico,
nomeadamente a nível da Hidrosfera, Atmosfera, Geosfera e Biosfera,
ilustrados e caracterizados com texto.
PRÉ-CÂMBRICO
Pré-Câmbrico designa o conjunto de Éons anteriores ao Fanerozóico, tais como o Hadeano, o Arcaico e o Proterozóico. O Pré-Câmbrico
começou há cerca de 4600 Milhões de anos com a formação da Terra e
termina a quando do início do Fanerozóico há 542 Milhões de anos.
Alguns dos acontecimentos mais importantes durante o Pré-Câmbrico:
- Formação do Planeta Terra;
- Diminuição da temperatura interna do planeta;
- Teorias relativas sobre o aparecimento de água no Planeta Azul;
- Formação dos Protocontinentes;
- início do movimento das placas tectónicas;
- início da vida da terra (com as células procariontes e posteriormente as eucarióticas);
- formação da atmosfera terrestre;
- aparecimento dos primeiros vegetais e animais.
A Terra formou-se aproximadamente há 4,5 mil milhões de anos. A
colisão de planetesimais (meteoros, material do cosmos) aumentou a sua
dimensão devido à acreção desses materiais vindos do universo. Deste
modo, a Terra aumentou a sua energia interna, que foi utilizada pela
actividade vulcânica até aos dias de hoje.
Fig. 1: Teoria nebular
No início da sua formação a Terra
parecia uma bola de fogo. A superfície terrestre era como um “oceano de
rocha fundida” com quilómetros de profundidade e a temperatura passava
dos 4000º C (semelhante à temperatura à superfície do Sol). Nesta altura
a superfície era um “oceano de lava”,
que começou lentamente a arrefecer, porque a radioactividade que
fornecia tanto calor à Terra também diminua lentamente, o que gerou um
acontecimento propício a um mundo aquático.
Ainda há 4,4 mil milhões de anos,
caíam sobre Terra meteoros, mas a Temperatura no centro da Terra já
estava a diminuir, começando a assim a formar uma crusta solidificada em
rocha vulcânica (esta rocha era escura porque era essencialmente
basáltica) e já se formava água à superfície. Esta primeira crusta foi uma crusta oceânica basáltica,
formada pela intensa actividade vulcânica, que libertou enormes
quantidades de magma basáltico que solidificou à superfície e por isso
teve um arrefecimento rápido.( Após o aparecimento da água, esta crusta
por ser a mais baixa, a água deslocou-se para essas zonas.)
Existem duas vertentes acerca do
aparecimento de água na Terra: a vertente em que os meteoritos que
atingiram a Terra continham uma elevada quantidade de água, e a outra
diz respeito à elevada precipitação durante milhões de anos, devido à
elevada quantidade de CO2 e outros
gases libertados pela actividade vulcânica que cobriu o planeta,
arrefecendo de tal forma que precipitou sob o solo terrestre e formou os
oceanos. No vídeo apresentado na aula, falou-se das duas; o nosso grupo
(grupo I) acredita em ambas, a água surgiu destes dois processos. Mas o
que interessa é que a água surgiu e mudou drasticamente o rumo do
planeta Terra.
Há 4 mil milhões de anos, 90 % da Terra
era oceano, e os restantes 10 % eram ilhas formadas em zonas de arcos
insulares, ou seja, foi nesta altura que se formaram as placas
tectónicas. Estas ilhas foram os primeiros protocontinentes. Estes
protocontinentes continham já rochas menos densas (rochas graníticas)
que as rochas basálticas, por isso é que ascenderam em relação à crusta
oceânica que é essencialmente basáltica. As rochas basálticas primitivas
já não existem porque foram destruídas nas zonas de subducção.
O oceano nesta altura era essencialmente
constituído por ferro, tendo por isso uma cor verde, enquanto que a
primeira atmosfera continha praticamente CO2, dando por isso uma cor meio avermelhada. A contínua actividade vulcânica aumentaria o tamanho dos protocontinentes.
Estromatólito: É uma rocha formada por tapete de limo produzido por micróbios no fundo de mares rasos, que se acumula até formar uma espécie de recife. Os estromatólitos, por serem os primeiros organismos a realizar a fotossíntese, são responsáveis pelo ar respirável que surgiu no planeta há cerca de 3,5 mil milhões de anos. Os principais microorganismos formadores das estromatolíticas são as cianobactérias(*). |
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(*) É um filo do domínio Bacteria , popularmente denominado cianobactérias e algas azuis, que inclui organismos aquáticos, unicelulares, procariontes e fotossintéticos.
Possuem forma de cocos, bastonetes, filamentos ou pseudofilamentos,
apresentando coloração azul em condições óptimas, mas são frequentemente
encontradas apresentando coloração de verde oliva a verde-azulado.
O registo fóssil das cianobactérias indica
que estes seres fotossintéticos apareceram no éon Arqueano e devem ter
sido responsáveis pelo aparecimento do oxigénio na atmosfera terrestre -
o que parece ter acontecido há cerca de 2,5 biliões de anos,
despoletando a origem da vida eucarionte e dando lugar ao éon
Proterozóico.
Fotossíntese:
É o processo através do qual as plantas,
seres autotróficos (seres que produzem seu próprio alimento) e alguns
outros organismos transformam energia luminosa em energia química
processando o dióxido de carbono e outros compostos(CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo oxigénio gasoso (O2).
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Fig. 3: Processo de fotossíntese
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Fig4: Sucessão dos supercontinentes desde a origem da Terra
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De 1.000 M.a. a 540 M.a.
Há 1.000 M.a. atrás formou-se um supercontinente de nome Rodínia.
Esse supercontinente pela altura de 700 M.a.
bloqueou as correntes marinhas, impedindo que as águas quentes do
equador atingissem latitudes elevadas.
Como não atingiram latitudes elevadas o que
acabou por acontecer foi uma redução de temperatura por toda a Terra, ou
seja, um arrefecimento global da Terra. Esse período ficou conhecido
como a Idade do Gelo. O arrefecimento do planeta também reduziu a
quantidade de vapor de água presente na atmosfera.
Esse período terminou quando a Rodínia se fragmentou por consequência da tectónica de placas.
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Algo que também marcou esse período de tempo foi o aumento de teor de O2 que foi o grande impulsionador para um aumento da fauna.
A classificação dessa fauna designa-se por
Fauna de Ediacara, onde entre os geólogos não havia um consenso quanto
às categorias taxonómicas dos fósseis encontrados nesse período. O que
se sabia era que seriam organismos simples, compostos por tecidos moles
que teriam vivido essencialmente enterrados ou sobre os fundos
oceânicos. Os seus vestígios encontram-se pouco conservados, mas é
possível estudar algumas das suas marcas de locomoção. Muitos
investigadores consideram que estes organismos correspondem aos
primeiros animais multi-celulares conhecidos.
Fonte: http://rusoares65.pbworks.com