sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CICLO DAS ROCHAS ou CICLO PETROLÓGICO

Ciclo Petrológico
Em linhas gerais, o ciclo das rochas representa as variadas possibilidades de transformação de um tipo de rocha em outro. Vale lembrar que esta cadeia de processos foi inicialmente percebida em 1790 pelo químico, naturalista e geólogo britânico James Hutton. Como se observa na figura abaixo, as setas que interligam as rochas ígneas, sedimentares e metamórficas mostram processos relacionados à dinâmica geológica da crosta terrestre, como as variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e movimentos tectônicos, dentre outros. De acordo com TEIXEIRA et al (2009) os processos ígneos são geralmente colocados no começo do ciclo das rochas, pois considera-se que nas fases iniciais de acreção e consolidação da Terra, a formação de rochas acontecia principalmente pela cristalização a partir de magmas.
CICLO DAS ROCHAS
Como se pode observar na figura abaixo, o ciclo das rochas depende do ciclo tectônico para energia e do ciclo hidrolófico para água. Ponderando o assunto, o calor produzido através do ciclo tectônico gera materias fundidos, como a lava vulcânica, que ao se solidificarem na superfície ou em camadas mais finas originam as rochas ígneas. Devido à expansão e contração, essas rochas quebram-se, ao se congelarem e descongelarem. Tenha-se presente que podem também se desagregar por causa de processos químicos, pela ação de ácidos fracos formados na presença de CO2, matéria orgânica e água, além de processos físicos, como o vento.
Ciclo das Rochas, tectônico e hidrolófico.
As rochas expostas à ação da atmosfera, hidrosfera e biosfera sofrem intemperismo, que consiste em um processo natural que abrange oxidação, hidratação, solubilização, ataques por substâncias orgânicas, variações diárias e sazonais de temperatura, entre outras. As rochas ígneas superficiais da Terra sofrem constante intemperismo, e lentamente reduzem-se em fragmentos, incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como os novos minerais formados durante o intemperismo. Convém ponderar que as rochas expostas ao intemperismo perdem sua coesão, sendo erodidas, transportadas e depositadas em depressões topográficas, onde constituem rochas sedimentares. Como observa Teixeira et al (2009), através da dinâmica interna terrestre, as rochas formadas em um certo tipo de ambiente geológico se destinam a ambientes muito diferentes, principalmente em termos de pressão, temperatura e composição química. Assinale, ainda, que neste caso, as rochas passam por transformações mineralógicas e texturais, transformando-se em rochas metamórficas. As rochas podem se fundir quando as condições de metamorfismo são particularmente intensas, dando origem a magmas que, quando se solidificam, geram novas rochas ígneas, dando-se início a um novo ciclo.
A crosta terrestre está em constante transformação e evolução através do ciclo das rochas, cuja existência advém desde os primórdios da história geológica da Terra.
Mariana Lorenzo

Referência Bibliográfica:
- TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra – 2a edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009.